Como Melhorar a Tua Viragem nas Provas e Treinos
Se já passaste algum tempo a treinar ou a competir, sabes que as viragens podem fazer toda a diferença. Num treino, uma viragem eficiente mantém o teu ritmo; numa prova, pode ser o detalhe que decide o lugar no pódio. A boa notícia é que a viragem não é apenas para nadadores de elite – qualquer pessoa pode melhorar com a prática certa!
Nuno Ricardo
2/5/20253 min read
Compreender a Importância da Viragem
Antes de mais, é importante perceber que a viragem não é apenas um momento de transição entre uma ida e uma volta. É uma oportunidade para recuperares velocidade e ganhares vantagem. Uma viragem lenta ou mal executada pode custar-te segundos preciosos, se fores competir. Acima de tudo, uma viragem bem feita ajuda a manter o teu fluxo de energia e ritmo na piscina.
Tipos de Viragem
Existem diferentes tipos de viragens, dependendo do estilo em que estás a nadar. Vamos resumir os mais comuns:
Viragem cambalhota (estilos crol e costas): Requer uma rotação rápida e precisa, seguida de um bom impulso na parede.
Viragem tátil (bruços e mariposa): Aqui, tens de tocar com as duas mãos na parede antes de te virares, o que exige coordenação e eficiência.
Certifica-te de que treinas o tipo de viragem adequado ao estilo que estás a praticar ou a competir.
Dicas para Melhorar a Viragem Cambalhota
A viragem cambalhota é uma das mais usadas e, para muitos, também uma das mais desafiantes. Aqui ficam algumas dicas práticas:
1. Mede bem a distância: Aprende a calcular quando deves começar a rotação, dependendo da tua posição e da braçada final. Isso evita chegadas descoordenadas ou toques desnecessários na parede.
2. Mantém a velocidade até à parede: Um erro comum é abrandar antes da viragem. Confia na tua técnica e mantém a velocidade. Assim, a rotação será mais fluida.
3. Usa o core: A força do movimento vem do core, não apenas da cabeça ou das pernas. Contrai os abdominais para girares com mais potência e controlo.
4. Impulso forte na parede: Após a rotação, posiciona os pés corretamente (ligeiramente afastados, à largura dos ombros) na parede e dá um impulso forte. Lembra-te de esticar o corpo para aproveitares ao máximo o deslize inicial.
5. Pratica a respiração: Aprende a gerir a respiração antes e depois da viragem, para não interromperes o teu ritmo.
Melhorar a Viragem Tátil
Se o teu estilo é bruços ou mariposa, a viragem tátil tem alguns pontos específicos que deves dominar:
1. Toca na parede com precisão: As tuas duas mãos devem tocar simultaneamente na parede, como exige o regulamento em competições. Treina o gesto para que se torne automático.
2. Mantém a fluidez do movimento: Assim que tocares na parede, os joelhos dirigem-se para o peito e vira rapidamente o corpo para o impulso das pés na parede. Evita pausas ou movimentos descoordenados que te façam perder tempo.
3. Ajusta a posição dos pés: Garante que os pés estão bem posicionados na parede para um impulso eficaz. Isto faz toda a diferença na saída. Normalmente, ligeiramente afastados à largura dos ombros.
Trabalhar o Impulso e o Subaquático
Independentemente do tipo de viragem, o impulso na parede e o subaquático são etapas críticas. Aqui tens algumas dicas adicionais:
Impulso forte e controlado: Pressiona os pés com firmeza na parede e usa toda a tua força para ganhares velocidade.
Posição hidrodinâmica: Mantém o corpo alinhado, com braços esticados e o queixo próximo do peito, para cortares a água com o menor arrasto possível.
Aproveita o subaquático: Depois do impulso, usa a "pernada de golfinho" para acelerares antes de voltares à superfície. Este é um dos momentos mais rápidos da tua prova – não o desperdices.
Prática Consistente
Tal como qualquer outra técnica na natação, melhorar as tuas viragens requer prática regular e intencional. Aqui estão algumas ideias de treino:
Treinos específicos de viragens: Dedica algumas séries no treino apenas às viragens. Por exemplo, faz 8x50 metros focando-te exclusivamente na entrada e na saída.
Simulação de prova: Durante o treino, cria cenários semelhantes aos das competições para testares a tua técnica sob pressão.
Feedback visual: Pede ao teu treinador para filmar as tuas viragens. Assim, consegues identificar erros que podem passar despercebidos durante o treino.
Diariamente: Todos os treinos contêm dezenas de viragens, se conseguirmos focar 1 pormenor por treino, vamos evoluir muito no final do mês!
Conclusão
Melhorar a tua viragem é uma questão de prática, técnica e atenção aos detalhes. Começa por trabalhar o básico, como a posição do corpo, o impulso e o subaquático, e vai afinando o processo até que a viragem se torne natural e eficiente.
Lembra-te: o que fazes fora da água reflete-se dentro dela. Dedica tempo a treinos específicos de viragens e não tenhas medo de pedir feedback. Agora é a tua vez. Vai para a piscina, pratica e dá o teu melhor! Bons treinos e boas viragens!
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